Washington, 21 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ressaltou nesta quarta-feira seu compromisso com o desenvolvimento das energias limpas e com o aumento da produção nacional de petróleo para reduzir a dependência do exterior, enquanto os opositores republicanos o reprovam por não conseguir a queda do preço da gasolina.
Obama voltou a defender esses dois pilares de sua política energética ao início de uma viagem por quatro estados americanos, na qual pretende rebater as críticas do Partido Republicano, que, em plena campanha para as eleições de novembro, acusa o governo de não fazer nada para frear o aumento do preço da gasolina.
"Não vou ceder novamente nossa posição à China, Alemanha e todos os demais concorrentes que fazem investimentos maciços em tecnologia para energia limpa", declarou o presidente americano durante um discurso na maior usina de energia solar em funcionamento no país, situada em Boulder City, no estado de Nevada.
Obama quer transformar os EUA em líder mundial de energias limpas e, nessa linha, o Departamento de Comércio anunciou na terça-feira que irá impor tarifas à importação de painéis solares vindos da China para compensar os subsídios que o governo de Pequim concede a suas empresas.
A produção atual de petróleo nos EUA é a mais alta dos últimos oito anos e a de gás natural é a maior da história, de acordo com a Casa Branca. Segundo Obama, a indústria petrolífera está obtendo "lucro recorde" e, portanto, não precisa de "incentivos adicionais".
No começo do ano, o presidente explicou que seu governo precisava de mais tempo para avaliar o impacto ambiental do oleoduto, uma decisão que foi muito criticada pelos republicanos.
Nesta quinta-feira, durante um ato em Oklahoma em sua viagem, Obama planeja anunciar que seu governo vai agilizar a permissão para a construção da parte sul das tubulações de óleo, a menos polêmica, segundo a Casa Branca. EFE