Lima, 1 jul (EFE).- A América Latina deve investir mais e promover políticas públicas para reduzir o número de mortes maternas entre mulheres indígenas e urbanas, assegurou nesta sexta-feira a diretora do Escritório Regional para a América Latina e o Caribe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês) Marcela Suazo.
Em declarações à Agência Efe, Marcela alertou que em alguns países da América Latina ainda há um número elevado de mulheres indígenas que morrem durante a gravidez, parto e pós-parto, embora reconhecesse que avanços na redução da mortalidade materna na região em linhas gerais.
A especialista afirmou que a taxa de mortalidade materna em mulheres indígenas é até quatro vezes maior que os índices em mulheres urbanas e acrescentou que na Guatemala 70% das mortes maternas ocorrem entre indígenas.
Entre 1990 e 2010, a taxa de mortalidade materna reduziu 40% na América Latina, até alcançar o índice de 85 mortes a cada 100 mil nascidos, segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para Marcela, este número ainda está longe da meta de 75%, como marca um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da Organização das Nações Unidas.
A diretora participou do encontro chamado "Avanços e desafios em saúde reprodutiva intercultural para mulheres indígenas na América Latina", em Lima, com o objetivo de melhorar o acesso das nativas aos serviços de saúde, junto aos ministros, vice-ministros e altos funcionários da Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Guatemala, Honduras, Venezuela e Peru. EFE