Genebra, 5 jul (EFE).- A Organização Mundial do Comércio (OMC), o
Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização
para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e mais de dez
agências de desenvolvimento analisarão durante dois dias, em
Genebra, os fluxos internacionais de ajuda ao comércio.
Este conceito foi criado na reunião ministerial da OMC em Hong
Kong em 2005 e, desde então, esses fluxos de investimento aumentaram
de forma lenta, mas sustentada, ao ritmo de 10% anual, o que elevou
a ajuda prometida até 2007 para US$ 25 bilhões.
O objetivo último da ajuda ao comércio é criar mecanismos,
infraestruturas, normativa e capacidade produtiva, assim como
conceder colaboração técnica ou oferecer qualquer elemento que ajude
na troca de bens e serviços.
Os países doadores entregam suas contribuições para um plano
concreto, determinado previamente pelas nações receptoras, e que têm
que ajudar a desenvolver o comércio.
Em novembro de 2007, ocorreu a primeira revisão global da ajuda
ao comércio e, um ano e meio depois, acontecerá a segunda. Nos
próximos dois dias - segunda e terça-feira -, serão apresentados
relatórios, serão tratados casos concretos e exploradas vias para
tornar o processo mais efetivo.
O que não se espera, segundo fontes da OMC, são novos
compromissos dos doadores, já que a maioria dos previamente adotados
expira em 2010.
Os quatro objetivos principais da revisão global são passar do
compromisso à implementação, integrar o comércio nas estratégias
nacionais e regionais de desenvolvimento, fazer uma profunda
avaliação do conseguido até o momento e evitar que a atual crise
financeira mundial freie os fluxos de investimento e ajuda.
"A reunião de ajuda ao comércio foi delineada para apoiar os
países em desenvolvimento a se integrar melhor no sistema
multilateral de comércio e aproveitar as exportações. Este objetivo
é ainda mais importante hoje em dia. Não podemos abandonar nossos
compromissos com o desenvolvimento", afirma o diretor-geral da OMC,
Pascal Lamy, no texto de apresentação da reunião. EFE