Washington, 1 ago (EFE).- O acordo para aumentar o teto da dívida pública dos Estados Unidos, que será votado nesta segunda-feira pelo Congresso, inclui cortes de gastos que poderiam reduzir o déficit fiscal em US$ 2,1 trilhões na próxima década, informa o Escritório de Orçamento do Congresso.
Segundo o Escritório, uma agência não partidária que realiza análises técnicas, estima que o pacto conseguido após semanas de divergências entre os legisladores e a Casa Branca, promove um corte de US$ 917 bilhões no orçamento do país.
Em seus cálculos, o Escritório também inclui o que um comitê especial criado sob este acordo identificará antes do fim de novembro áreas da despesa governamental para podar outros US$ 1,2 trilhão em dez anos. Se este comitê não chegar a um acordo, haveria cortes automáticos.
O presidente Barack Obama tinha proposto uma fórmula que teria reduzido em US$ 4 trilhões o déficit dos Estados Unidos ao longo da próxima década mediante uma combinação de cortes de despesas e aumentos de impostos, inclusive a eliminação de isenções fiscais para os mais ricos, que datam do Governo de George W. Bush.
Os republicanos, que têm na Câmara dos Representantes uma maioria influenciada pelo movimento ultraconservador Tea Party - contrário ao aumento de gastos e impostos -, aceitaram, por fim, um aumento do limite da dívida e cortes em gastos militares.
O Escritório de Orçamento do Congresso, em sua breve análise do acordo anunciado no domingo à noite pelo presidente Obama, enfatizou que o pacto estabelece inibidores dos gastos até o fim de 2011.
De acordo com o Departamento do Tesouro, os Estados Unidos entrará em moratória caso o Congresso não aprove antes desta meia-noite (local) um aumento do teto da dívida, atualmente limitado a US$ 14,29 trilhões. EFE