Tóquio, 5 nov (EFE).- A empresa eletrônica japonesa Panasonic
começou hoje a comprar mais de 50% das ações da Sanyo para
transformá-la em sua subsidiária a um preço de 131 ienes por título,
muito abaixo dos 216 ienes do preço de mercado.
Com este acordo, Panasonic assegura que os investidores
particulares não participarão de um trato fechado com os três
principais acionistas de Sanyo: Goldman Sachs, Daiwa Securities e
Sumitomo Mitsui.
Após esta operação amistosa se criará o segundo maior fabricante
de aparelhos elétricos e eletrônicos do Japão por vendas, muito
perto do líder Hitachi e na frente de Sony.
A Oferta Pública de Ações culminará dia 7 de dezembro, segundo os
planos de Panasonic, que teve que atrasar a fusão por problemas com
as leis de concorrência, já que ambas multinacionais são líderes no
setor das baterias de lítio.
Um ano após haver anunciado suas intenções, finalmente a
Panasonic pode adquirir participações de Sanyo, uma vez que os
reguladores de seus principais mercados deram o sinal verde à fusão.
A Panasonic e a Sanyo anunciaram seu projeto de fusão há um ano
mas o processo se atrasou à espera dos organismos de concorrência de
onze países se pronunciassem a respeito.
Em outubro, a Sanyo anunciou um plano para vender algumas de suas
operações no setor das baterias com o objetivo de evitar as objeções
dos organismos de concorrência, enquanto a Panasonic terá que
reduzir sua participação em seus negócios com Toyota.
Os reguladores dos Estados Unidos tinham se oposto à oferta
pública de ações por sua posição dominante, mas Panasonic considera
que oficiosamente se chegou a um acordo, segundo o jornal local
Nikkei. EFE