Berlim, 21 mai (EFE).- O Parlamento da Alemanha (Bundestag)
aprovou hoje o projeto de lei que estabelece a contribuição do país
ao pacote da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional
(FMI) para o resgate do euro, que chega a 123 bilhões de euros.
O projeto foi aprovado por 319 votos a favor, 73 contra e com 195
abstenções, após o encerramento da terceira leitura e dos debates
sobre a lei, que começou a ser discutida na quarta-feira em
plenário.
A oposição social-democrata (SPD) e verde tinha anunciado
anteriormente sua intenção de se abster, enquanto o bloco A Esquerda
rejeitou o pacote. As três legendas criticaram o plano alegando não
saberem com detalhes seu conteúdo.
Pouco antes da votação, tanto o ministro de Assuntos Exteriores,
Guido Westerwelle, como o ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble,
fizeram uma ferrenha defesa do pacote, que qualificaram de
"decisivo" para o futuro da União Europeia (UE).
"O bem-estar na Europa depende também de nossa decisão", disse o
chefe da diplomacia alemã, que, da mesma forma que Schaeuble,
assegurou que não há alternativas às medidas estipuladas pela UE e
pelo FMI para defender a moeda única e, com isso, o bloco econômico.
Perante a presença do Gabinete ministerial completo, com a
chanceler Angela Merkel à frente, ambos criticaram duramente a
oposição por fugir da sua responsabilidade ao incitar a abstenção e
até a rejeição ao pacote de resgate do euro.
A contribuição alemã ao pacote para o resgate pode alcançar 148
bilhões de euros caso algum dos países em crise não possa
desembolsar sua parte.
Após sua aprovação pelo Bundestag, o projeto de lei será
submetido à votação ainda hoje no Bundesrat, órgão constitucional
alemão com representantes das regiões (Laender), para depois ser
assinado pelo presidente Horst Koehler. EFE