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Parlamento Europeu critica Irã por situação de direitos humanos

Publicado 01.06.2010, 15:43
Atualizado 01.06.2010, 16:35

Bruxelas, 1º jun (EFE).- O ministro de Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, recebeu hoje duras críticas no Parlamento Europeu, onde os deputados reprovaram a situação dos direitos humanos do Irã e o programa nuclear deste país.

Mottaki, que se reuniu a portas fechadas com a comissão de Assuntos Exteriores do Parlamento Europeu, foi recebido por uma dezena de parlamentares com fotografias de Neda Agha Sultan, a jovem assassinada durante as manifestações após as eleições iranianas do ano passado e que se tornou símbolo dos protestos contra o presidente Mahmoud Ahmadinejad.

"Assassino!", chegou a gritar o conservador britânico Struan Stevenson, que acrescentou: "é uma vergonha que esteja aqui".

Entre os membros do Parlamento que participaram dos protestos, estava o líder dos conservadores italianos, Mario Mauro, e o espanhol do Partido Popular (PP) Alejo Vidal-Quadras, um dos vice-presidentes da Câmara.

"Acabamos de ter uma sessão vergonhosa", declarou Vidal-Quadras ao fim do encontro com Mottaki, a quem acusou de faltar "sistematicamente com a verdade" e "insultar a inteligência" dos parlamentares europeus.

Para o deputado espanhol, sempre muito crítico com Teerã, a presença do chanceler iraniano foi uma "exibição de cinismo repugnante", pois os parlamentares, disse, "sabem" como se violam os direitos humanos no país e as intenções do programa nuclear.

A deputada liberal holandesa Marietje Schaake assegurou que o regime iraniano "demonstrou um profundo desprezo pela justiça e pelos direitos humanos".

"O ministro de Exteriores veio a nós pedindo diálogo, mas realmente só estava interessado em um monólogo, negando-se a contestar as perguntas sobre direitos humanos", assinalou.

Segundo fontes parlamentares, todas as falas dos eurodeputados durante o debate mantiveram um tom crítico, enquanto as de Mottaki ofereceram a postura oficial do regime iraniano, tanto no que se refere ao programa nuclear de Teerã quanto em relação à democracia e aos direitos humanos.

Em sua saída, o ministro iraniano considerou em breves declarações à imprensa que o encontro tinha sido "em geral bom". "Tivemos uma discussão franca e, de certo modo, amistosa", assinalou.

Antes do tenso debate, Mottaki teve reuniões no Parlamento Europeu, entre elas com o líder do grupo socialista, Martin Schulz, quem disse em comunicado ter condenado a "inaceitável situação dos direitos humanos no Irã". Segundo ele, a forma na qual "os políticos da oposição são tratados é muito preocupante".

"O Irã deve cumprir com os padrões internacionais de direitos humanos", acrescentou Schulz, que condenou também o fato de que representantes do Governo de Ahmadinejad ponham em dúvida o direito de Israel a existir.

A situação do Oriente Médio também foi discutida no debate na comissão de Assuntos Exteriores, pois Mottaki começou seu discurso fazendo uma dura condenação do ataque israelense à frota internacional que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, explicaram fontes parlamentares.

O ministro continuará amanhã em Bruxelas, onde deve conceder uma entrevista coletiva e ter outras reuniões.

No entanto, ele não se reunirá com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que não se encontra em Bruxelas, mas que por meio de um porta-voz reiterou hoje sua disposição em se reunir com as autoridades iranianas.

A presença de Mottaki na sede das instituições europeias coincide com o relatório divulgado ontem pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Tal relatório reiterou a preocupação da Agência sobre as possíveis dimensões militares do programa nuclear do Irã, embora tenha reconhecido que Teerã melhorou alguns aspectos de sua cooperação técnica com a AIEA.

Enquanto isso, o Conselho de Segurança da ONU continua trabalhando para um endurecimento das sanções contra o país, com base em uma proposta apresentada pelos Estados Unidos no último 18 de maio com o apoio da Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha. EFE

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