Investing.com - Os preços do petróleo tiveram pouca alteração durante a manhã europeia nesta quarta-feira, ficando perto da máxima de sete semanas do pregão anterior em meio a otimismo com o fato de que a OPEP e seus aliados estão mantendo seu compromisso de cortar a produção.
Contratos de petróleo Brent com vencimento em abril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tiveram perdas de US$ 0,21, cerca de 0,4%, com o barril sendo negociado a US$ 56,45 às 9h15 em horário local (6h15 em horário de Brasília), após ter atingido US$ 57,31 no dia anterior, próximo do mais alto nível do ano.
Por outro lado, contratos de petróleo bruto com vencimento em abril na Bolsa Mercantil de Nova York perderam US$ 0,17, ou 0,3%, com o barril negociado a US$ 54,16. A referência norte-americana subiu para US$ 55,03 na terça-feira, nível não visto desde 3 de janeiro.
Preços do petróleo se recuperaram após o secretário geral da OPEP Mohammad Barkindo afirmar que a conformidade entre os membros do cartel que concordaram em participar do acordo de corte na produção deve aumentar para níveis acima dos atuais 90%.
Estoques de petróleo devem cair mais este ano, ele acrescentou.
Na semana passada, fundos de cobertura estenderam suas apostas otimistas no petróleo com relação a uma alta histórica já que países da OPEP e externos a ela tiveram um início sólido em baixar suas produções de petróleo nas condições do primeiro pacto como este em mais de uma década.
Dia 1.º de janeiro marcou o início oficial do acordo feito em novembro do ano passado entre países da OPEP e alguns países que não fazem parte da organização, como a Rússia, para reduzir a produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia, chegando 32,5 milhões nos próximos seis meses.
O acordo, se executado conforme planejado, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
A OPEP poderia estender seu pacto de redução de oferta com países que não fazem parte da organização ou até mesmo efetuar cortes mais profundos a partir de julho se os estoques globais de petróleo bruto não caírem ao nível desejado, afirmaram fontes da OPEP na semana passada.
Futuros têm sido negociados em uma margem de US$ 5 em torno dos US$ 50 pelos últimos dois meses já que os sentimentos nos mercados de petróleo estão divididos entre esperanças de que o excedente possa ser reduzido por cortes na produção anunciados pelos principais produtores mundiais e expectativas de uma recuperação na produção dos EUA de xisto.
Dados do fornecedor de serviços a campos petrolíferos Baker Hughes na sexta-feira revelaram que o número de plataformas de extração de petróleo ativas nos EUA aumentou em seis na semana passada, o quinto aumento semanal seguido.
O número total, portanto, chega a 597, o maior desde novembro de 2015, o que levantou receios de que a recuperação em curso na produção de xisto no país possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta mundial
Participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na quarta e na quinta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Os relatórios serão divulgados um dia depois do comum devido ao feriado do Dia do Presidente na segunda-feira.
Os números da semana passada mostraram que a produção norte-americana ajudou a levar estoques de petróleo bruto e gasolina a níveis altos históricos, aumentando os receios de um excesso global.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em março tiveram preços estáveis a US$ 1,493 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em março tiveram perdas de S$ 0,009, ou 0,6%, sendo negociados a US$ 1,632 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em abril perderam US$ 0,036, ou 1,4%, sendo negociados a US$ 2,655 por milhão de unidades térmicas britânicas, acentuando a queda de quase 9% na terça-feira, com previsões que continuam a apontar para um clima majoritariamente mais quente que o normal em regiões importantes em todos os EUA no resto do inverno.