Jerusalém, 14 set (EFE).- A economia no território palestino da
Cisjordânia pode crescer 7% este ano, segundo dados de um relatório
do Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentado hoje.
De acordo com o estudo, caso se confirme, a expansão será a
primeira registrada na Cisjordânia desde 2005.
O FMI apresentará a análise à comunidade internacional em 22 de
setembro, na sede da ONU em Nova York. Mas o representante do FMI
para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, Osama Kanaan, antecipou alguns
detalhes do documento.
"Caso o relaxamento das restrições na Cisjordânia tenha
continuidade no resto do ano, projeta-se que o Produto Interno Bruto
(no território) subirá aproximadamente 7% em 2009, o que
representará o primeiro aumento substancial nos níveis de vida desde
2005", diz o texto.
Por trás dessa expansão, destacou o especialista, estariam as
reformas promovidas pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) nas
áreas econômica e de segurança, além dos investimentos em obras
públicas, que desde o fim de 2008 contribuem para a melhora das
condições de vida no território.
Outro facilitador foi a aplicação de uma política orçamentária
mais prudente, que possibilitou o pagamento de salários atrasados e
de dívidas contraídas junto a setores privados.
O relatório destaca ainda o relaxamento nas restrições impostas
por Israel ao comércio interno e à circulação de pessoas e a entrega
direta das doações da comunidade internacional ao Governo do
primeiro-ministro Salam Fayyad.
No entanto, o FMI lembra que a situação na Faixa de Gaza continua
sendo muito difícil e que, mesmo se o bloqueio exercido por Israel e
o Egito a este território fosse aliviado, o PIB local cresceria
apenas 1%. EFE