Bruxelas, 24 (EFE).- O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, disse nesta sexta-feira que o segundo resgate à Grécia poderia representar um desembolso "similar" ao primeiro programa de assistência de 110 bilhões de euros (R$ 250 bilhões).
"Estamos falando de uma quantia muito, muito grande", declarou Papandreou, que lembrou que o primeiro pacote de assistência financeira chegou a 110 bilhões de euros em três anos, concedidos pela União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Ainda é muito cedo, mas talvez tenhamos uma quantia similar", afirmou em entrevista coletiva após o término da cúpula de chefes de Estado e de Governo da UE.
Segundo Papandreou, a magnitude da ajuda dependerá de fatores como a participação do setor privado e da capacidade do país de usar recursos públicos para reduzir a dívida. "Tudo isso influirá provavelmente na quantia final do novo pacote", acrescentou.
Papandreou disse que seus parceiros europeus entenderam os esforços que a Grécia está fazendo para lidar com a crise e, por isso, manifestaram apoio ao novo pacote de ajuda que constitui "um voto de confiança".
Ele considerou que isso deveria ser uma "garantia" suficiente para o FMI, de modo que não tenha nenhum problema em desembolsar fundos por sua parte.
"O apoio dos líderes europeus foi concedido porque reconhecem o esforço e os sacrifícios dos gregos. Sabem que estamos fazendo tudo o que podemos", ressaltou o premiê.
Papandreou expressou seu desejo de que "o sentido de responsabilidade nacional e também europeia" prevaleça nas discussões da próxima semana no Parlamento grego e que seja possível aprovar o programa adicional de austeridade.
"A UE deveria ajudar a impulsionar o crescimento na Grécia", afirmou o chefe de Governo grego, segundo quem os investimentos em setores como energias renováveis pode gerar ótimos resultados. EFE