Roma, 5 dez (EFE).- O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, declarou nesta segunda-feira que deseja uma Europa mais unida, "que não se disperse e se mantenha integrada", apesar das qualidades específicas e próprias de cada país.
O líder italiano, que no último domingo aprovou um novo plano de austeridade de 30 bilhões de euro, fez estas declarações em uma entrevista coletiva realizada no Palácio Chigi, a sede da Presidência do Governo, após um encontro com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.
Monti disse que os assuntos tratados com Rutte estiveram centrados em dois eixos fundamentais: as medidas adotadas pelo último ajuste orçamentário italiano e alguns pontos de interesse em comum, como a situação econômica da zona do euro.
"Encontramos muitos pontos em comum sobre o desejo de reforçar a credibilidade dos mecanismos que governam o euro e a disponibilidade dos instrumentos para fazer frente às difíceis situações que atravessam os mercados", reconheceu o primeiro-ministro italiano.
Monti declarou que entre Itália e Holanda existe "um particular consenso" em relação à importância de "reforçar institucionalmente a zona do euro" e de "criar as mínimas divergências possíveis entre os países desta zona e os outros dez países da União Europeia".
Rutte se mostrou de acordo com as palavras de Monti e disse estar "impressionado" com as medidas adotadas no último domingo pelo Governo italiano.
"O Governo holandês apoia plenamente estas medidas e espera que as mesmas sejam adotadas não só pela Itália, mas por toda a Europa. É importante que haja sanções automáticas para quem se equivocar. Esse plano deve organizar melhor o mercado interno europeu", afirmou Rutte.
O primeiro ajuste orçamentário do Executivo de tecnocratas, que recebeu críticas por parte dos sindicatos, prevê, entre outras coisas, aumentar os anos mínimos cotados (42 para homens e 41 para mulheres) para receber a previdência antecipada.
O plano anunciado por Monti também marca o congelamento das pensões acima dos 960 euros e o aumento no IVA em dois pontos percentuais (de 21% para 23%). EFE