Profissionais ganham mais no Brasil do que nos EUA e Europa, diz pesquisa

Publicado 04.12.2011, 11:55
Atualizado 04.12.2011, 12:21

Brasília, 4 dez (EFE).- A crise que afeta a Europa e os Estados Unidos provocou um investimento em termos de remunerações e fez com que o profissional técnico que trabalha no Brasil tenha salário superior ao que ganharia em países desenvolvidos, conforme estudo privado publicado neste domingo pelo jornal "O Globo".

Elaborado pela empresa de consultoria Michael Page sob encomenda do jornal, o estudo cita exemplos de várias profissões e garante que, em alguns casos, a diferença salarial pode chegar até 85%.

Entre diversos casos, o relatório diz que um engenheiro elétrico que trabalha em uma empresa assentada no Brasil obtém remuneração mensal mínima de R$ 14,9 mil, o que seria equivalente a R$ 8 mil se trabalhasse na Espanha e a R$ 9 mil se o fizesse na Itália.

Segundo "O Globo", a empresa de consultoria comparou os "salários em grandes empresas de todos os setores situadas em grandes cidades e considerou o ganho dos profissionais de níveis de gerência", sem incluir no estudo fatores como o custo de vida.

As diferenças salariais são registradas principalmente nas áreas técnicas, "embora o fenômeno possa ser ampliado para outras profissões" em função do desenvolvimento da crise financeira, disse ao jornal o analista Ricardo Guedes, um dos responsáveis pelo relatório.

O jornal entrevistou estrangeiros que vivem e trabalham no país, que confirmam receber salário superior no Brasil, mas que isso não chega a ser uma solução.

Um dos exemplos citados foi o do português João Nunes, da própria empresa Michel Page, quem declarou que apesar de no Brasil ter salário superior em 30% ao que tinha em Portugal, sua capacidade de poupança é "muito menor" agora.

"Aqui tudo é mais caro. O preço de um aluguel é duas vezes mais caro do que em Portugal, e o mesmo ocorre com a comida", declarou Nunes.

O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Antonio Gil, alertou que os elevados salários "começam a afetar a competitividade do Brasil".

Em sua opinião, os altos salários, somados as protecionistas leis trabalhistas e a uma onerosa estrutura tributária, encarecem os custos das empresas e "fazem com que o país perca mercados" no comércio internacional. EFE

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