Reservas de petróleo saudita podem ter sido exageradas, diz Wikileaks

Publicado 09.02.2011, 07:50
Atualizado 09.02.2011, 08:25

Londres, 9 fev (EFE).- A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, pode ter exagerado e não possuir reservas suficientes para impedir um aumento dos preços do produto, segundo documentos da embaixada dos EUA em Riad.

Os documentos, obtidos pelo Wikileaks e publicados pelo jornal "The Guardian", incentivavam Washington a levar a sério uma advertência de um executivo saudita do setor petroleiro de que as reservas do país podem ter sido aumentadas em 300 bilhões de barris, quase 40%.

Essa revelação ocorre no momento em que o preço do petróleo superou os US$ 100 por barril devido ao efeito combinado do aumento da demanda global e as tensões no Oriente Médio.

Sadaal-Husseini, geólogo e ex-chefe de explorações do monopólio saudita Aramco, disse em novembro de 2007 a um diplomata americano que a empresa não alcançaria a capacidade de 12,5 milhões de barris diários necessária para evitar a disparada dos preços.

Segundo esses documentos, escritos de 2007 a 2009, Husseini explicou que a Arábia Saudita poderia chegar aos 12 milhões de barris diários depois de dez anos, mas antes, talvez em 2012, a produção mundial de petróleo teria alcançado seu ponto mais alto.

Segundo o geólogo saudita, a Aramco não estaria em condições de frear o aumento dos preços mundiais do petróleo porque o setor energético saudita havia exagerado a magnitude de suas reservas para atrair investimentos estrangeiros.

Um dos documentos citava uma apresentação de Abdallah al-Saif, vice-presidente de prospecção da Aramco, segundo o qual a companhia tinha reservas de 716 bilhões de barris, recuperáveis em 51%, e em 20 anos, teria 900 bilhões de barris.

Um documento posterior, de outubro de 2009, advertiu que a escalada do consumo elétrico da própria Arábia Saudita faria com que suas exportações de petróleo fossem limitadas.

"A demanda (elétrica) pode aumentar 10% ao ano durante a próxima década devido ao crescimento demográfico e econômico, o que fará com que o país tenha que dobrar sua capacidade de geração elétrica até 68 mil megawatts em 2018", acrescentou. EFE

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