Bruxelas, 21 fev (EFE).- Os credores privados da Grécia terão que assumir uma parte de 53,5% do valor nominal dos bônus gregos em suas carteiras, antecipou nesta terça-feira o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
O ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, também disse que a troca de bônus que se iniciará no dia 8 de março estabelece juros de 2% e de entre 3% e 4% depois de 2020.
A eurozona também decidiu diminuir os juros que cobra da Grécia pelos empréstimos bilaterais concedidos desde 2010 para 150 pontos básicos acima do euribor.
Schäuble também explicou em entrevista coletiva que os bancos nacionais participarão da reestruturação da dívida grega se conseguiram lucro pela troca de seus bônus gregos.
Isso permitirá reduzir a dívida grega em 1,8% do PIB, assinalou.
A eurozona também acertou criar uma conta bloqueada para que a Grécia dê prioridade ao pagamento da dívida e a Comissão Europeia decidiu apoiar com pessoal a Grécia na assessoria e aplicação das medidas de ajuste estipuladas.
Os Estados-membros se ofereceram para fornecer especialistas para esta tarefa, assinalou Schäuble.
O ministro afirmou que o Banco Central Europeu (BCE) dividirá os benefícios que receber sobre bônus gregos entre os bancos nacionais e que estes depois podem fazer o que quiserem, porque são independentes, mas estes podem entregar o dinheiro à Grécia.
Tudo isso está condicionado a que a Grécia cumpra antes do fim de mês uma série de ações prévias no setor da saúde, dos impostos, da reforma da previdência, a melhora da viabilidade das estatísticas, a regulação e a supervisão financeira e a reforma laboral, entre outras, disse. EFE