Copenhague, 27 mai (EFE).- O cineasta sueco Ingmar Bergman não era filho biológico de sua mãe, Karin Bergman, mas foi trocado ao nascer por outro bebê, afirma um livro publicado recentemente por Veronica Ralston, sobrinha do falecido diretor.
Ralston assegura que solicitou ao Instituto de Medicina Legista de Estocolmo uma análise comparativa de DNA a partir da saliva nos selos de cartas enviadas pelo diretor a sua família e o seu próprio. A não coincidência demonstraria, segundo ela, que Karin Bergman não era a mãe natural do famoso diretor.
No livro "Kärleksbarnet och Bortbytingen" ("O filho natural e a troca de bebês", em tradução literal), a autora sustenta que a verdadeira mãe do cineasta, falecido em 2007, deve ser Hedvig Sjöberg, com quem Erik Bergman, pai de Ingmar, teve uma relação extraconjugal.
Segundo a teoria de Ralston, o bebê de sua avó pode ter nascido morto, e Erik Bergman teria aproveitado a ocasião para trocá-lo por outro que supostamente tinha tido com Sjöberg.
A família do diretor de "O Sétimo Selo" não deu muita importância às afirmações. "Não muda nada se minha avó se chama Hedvig ou Karin", disse à imprensa sueca Daniel Bergman, um de seus filhos, destacando que a relação afetuosa do cineasta com Karin Bergman estava refletida em vários de seus filmes.
Por sua vez, o famoso escritor sueco Henning Mankell, casado com uma filha do cineasta, se mostrou cético.
"Não acho que Ingmar Bergman lambesse muitos selos em sua vida, isso ele deixava para outros. Tudo isto precisa ser investigado melhor. E caso seja confirmado, Bergman entraria para o grande grupo de suecos que não tem os pais que achavam que tinham", afirmou. EFE