Superávit comercial brasileiro cresce 64,6% no 1º semestre

Publicado 01.07.2011, 15:26
Atualizado 01.07.2011, 15:50

Rio de Janeiro, 1 jul (EFE).- O Brasil registrou no primeiro semestre deste ano um superávit em sua balança comercial de US$ 12,985 bilhões, com um crescimento de 64,6% em relação ao mesmo período de 2010 (US$ 7,88 bilhões), informou nesta sexta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O crescente saldo positivo foi resultado da diferença entre as exportações de US$ 118,3 bilhões nos primeiros seis meses do ano e as importações de US$ 105,3 bilhões, segundo os dados divulgados pelo ministério.

Enquanto as exportações aumentaram 32,6% em relação às do primeiro semestre do ano passado (US$ 89,2 bilhões), as importações cresceram um 29,5% (US$ 81,3 bilhões).

Apesar da forte valorização do real em relação ao dólar, que reduz o poder competitivo das exportações brasileiras e incentiva as importações, as vendas para o exterior cresceram com mais força que as compras graças à elevação dos preços das matérias-primas das quais o Brasil é um importante abastecedor mundial, como ferro e alimentos.

Para o bom desempenho da balança comercial no primeiro semestre contribuiu especialmente o resultado de junho, quando o superávit foi de US$ 4,43 bilhões, o maior para um mês em todo o ano e o maior para junho nas últimas décadas.

O superávit comercial de junho (resultado de exportações de US$ 23,692 bilhões e de importações de US$ 19,262 bilhões) foi 95,4% superior ao do mesmo mês do ano passado e 31,6% maior que o de maio deste ano.

No ano passado, o Brasil obteve um superávit comercial de US$ 20,278 bilhões, o mais baixo nos últimos oito anos, como consequência da valorização do real em relação ao dólar.

Para 2011 se projeta um saldo positivo similar ao do ano passado, de cerca de US$ 20 bilhões, segundo economistas de bancos privados consultados na semana passada pelo Banco Central.

No início do ano, no entanto, os economistas projetavam para 2011 um superávit comercial de apenas US$ 10 bilhões como consequência da desvalorização do dólar. EFE

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