Bruxelas, 8 jan (EFE).- A Comissão Europeia (órgão executivo da
União Europeia) acompanhará de perto a proposta de um grupo de
parlamentares do Conselho da Europa de investigar a suposta pressão
exercida pelas companhias farmacêuticas sobre os países para que
comprassem vacinas contra a gripe A, disse hoje uma porta-voz do
Executivo comunitário.
A iniciativa, que será debatida na próxima assembleia parlamentar
do Conselho da Europa em Estrasburgo, afirma que as farmacêuticas
"influenciaram os cientistas e organismos oficiais" para alarmar os
Governos, com vistas a promover suas vacinas e remédios contra a
nova gripe.
As autoridades "expuseram a saúde de milhões de pessoas aos
perigos de efeitos colaterais desconhecidos e vacinas não
suficientemente provadas", afirma o documento, assinado por 14
parlamentares, acessível através do site do Conselho da Europa.
Por isso, pedem "investigações imediatas sobre as consequências
tanto em nível nacional quanto europeu".
A Comissão Europeia "está a par da iniciativa, e em contato com o
Conselho e com a Organização Mundial da Saúde (OMS)", afirmou hoje a
porta-voz de Saúde do Executivo europeu, Nina Papadoulaki, em
entrevista coletiva.
"Estamos tentando encontrar mais informação sobre o tema",
acrescentou Papadoulaki.
A porta-voz não quis se pronunciar sobre a postura da Comissão
Europeia sobre a investigação, e disse que será o Conselho da Europa
- uma organização que reúne países de dentro e de fora da UE - que
decidirá se realizará ou não a averiguação, "em função dos dados
disponíveis".
Além disso, ressaltou que a Comissão Europeia "trabalhou
estreitamente com a OMS e com os Estados-membros para enfrentar a
pandemia", e insistiu em que "não há motivos de preocupação" sobre a
segurança da vacina. EFE