Bruxelas, 4 nov (EFE).- O comissário de Meio Ambiente da União
Europeia (UE), Stavros Dimas, acusou hoje Estados Unidos, Rússia,
Canadá e Ucrânia de não adotarem "compromissos suficientemente
ambiciosos" em redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) e
luta contra a mudança climática.
Por outro lado, Dimas reconheceu o esforço de países como Japão e
Austrália, que se ofereceram para alcançar em 2020 um corte de
emissões de 25% em relação aos níveis de 1990.
O comissário europeu discursou hoje na reunião da Comissão de
Meio Ambiente do Parlamento Europeu sobre as negociações para
conseguir um acordo internacional na cúpula de Copenhague (7 a 18 de
dezembro), que permita que a temperatura do planeta não se eleve
além de dois graus centígrados.
Para ele, a União Europeia (UE) tem que dar exemplo e sua
contribuição ao financiamento público internacional deve ser de pelo
menos 2 bilhões de euros anuais a partir de 2020.
Dimas anunciou que a Comissão Europeia (órgão executivo da UE)
deve apresentar uma oferta conjunta dos países membros às ajudas que
comecem a ser concedidas a partir de 2013 e que estabelecerá um
fundo para o clima, assim como um mecanismo para tramitar a
contribuição direta do bloco.
Em relação ao bloqueio ontem das negociações sobre mudança
climática em Barcelona (Espanha) por parte de um grupo de países
africanos, Dimas disse estar do lado deles, embora tenha ressaltado
que não é um movimento adequado na atual etapa de negociações.
Vários países africanos paralisaram ontem as negociações sobre
mudança climática prévias à cúpula de Copenhague e conseguiram,
portanto, que os Estados ricos estudem reduzir mais suas emissões de
CO2 perante a reunião na capital dinamarquesa.
Na opinião do comissário, países como Sudão, Arábia Saudita e
Venezuela foram os principais artífices do movimento, apesar de ter
sido atribuído apenas a países africanos. EFE