Bruxelas, 24 fev (EFE).- A União Europeia está planejando uma missão, com possibilidade de ser militar e contar com apoio naval, para resgatar da Líbia entre 5 mil e 6 mil cidadãos comunitários, informou um porta-voz da Comissão Europeia.
"Estamos buscando apoio naval, incluindo navios militares que estão na região", explicou em declarações Raphael Brigandi, porta-voz da Comissão Europeia para Gestão de Crise e Ajuda Humanitária.
Atualmente há na Líbia entre 5 mil e 6 mil cidadãos europeus - 1 mil deles em Benghazi - depois que outros 5 mil já deiram o país, acrescentou.
A ideia de uma operação militar está ainda em estado embrionário, mas é "um dos cenários possíveis", acrescentaram outras fontes comunitárias, que detalharam que a partir de Bruxelas há contatos com os países da UE para ver que meios civis e militares podem fornecer um dispositivo de emergência.
Sobre a quantia detalhada de europeus que continuam na Líbia, na UE se sabe que não há números exatos, já que muitos viajaram por sua conta e não informaram sua presença aos consulados na zona.
Por sua vez, as fontes reconheceram que na atualidade "não existe nenhum tipo de diálogo" entre a União Europeia e o Governo de Muammar Kadafi, apesar das tentativas dos 27 de manterem contato com o líder líbio desde o início das revoltas.
A alta representante da UE, Catherine Ashton, não conseguiu conversar com Kadafi, com quem tão só teria falado o secretário-geral das Nações Unidas.
A UE "desconhece quem está ao lado de Kadafi neste momento", reconheceram as fontes. EFE