Bruxelas, 4 nov (EFE).- Especialistas em Segurança de Informática da União Europeia (UE) começaram a testar nesta quinta-feira mecanismos de defesa no primeiro exercício de simulação de um ciberataque de caráter pan-europeo, com o objetivo de aperfeiçoar a segurança comunitária frente aos ataques de hackers.
Durante a simulação, o "Cyber Europe 2010" vai paralisar serviços online críticos em vários estados-membros da UE, como portais do Governo, e reproduzirá um cenário no qual a conectividade à internet será reduzida gradualmente e de forma significativa em todos os países participantes. Com isso, internautas, empresas e instituições públicas terão dificuldades para acessar serviços na web.
O exercício é organizado pelos países da União Européia, com apoio da Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação (ENISA) e do Centro Comum de Investigação (JRC) da Comissão Europeia (órgão executivo do UE). A UE ressaltou que os estados-membros terão de cooperar entre si para evitar um suposto colapso total da rede europeia.
O vice-presidente da Comissão e responsável da Agenda Digital, Neelie Kroes, que visita o centro de ciberataques do Reino Unido, declarou que o objetivo é garantir que os cidadãos e as empresas se sintam seguros e protegidos na rede.
"O projeto representa o primeiro grande passo no trabalho que temos de realizar juntos para combater as ameaças virtuais potenciais contra nossas infraestruturas", explicou.
O exercício serve para mostrar para membros dos estados o perigo que um ataque representa e suas conseqüências, além de orientar procedimentos de emergência em casos de ameaça real em grande escala.
A simulação testará os pontos de contato nos países participantes, assim como os canais de comunicação, o tipo de troca de dados, e o conhecimento que os responsáveis setoriais de um país têm de seus colegas nos outros estados-membros.
Todos os países da UE, assim como a Islândia, Noruega e Suíça participarão da simulação. Entre as autoridades estão representantes dos ministérios de Comunicações, responsáveis da proteção de infraestruturas de Informação, organismos de gestão de crise, equipes de resposta a incidentes de segurança informática, responsáveis de Segurança da Informação e serviços de Inteligência no campo da segurança. EFE