Nova York, 11 fev (EFE).- Wall Street recebeu nesta sexta-feira com altas das bolsas de valores a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, e minutos após se saber a notícia os três principais índices dos mercados nova-iorquinos mudavam a tendência de baixa da manhã, para entrar no terreno positivo.
O Dow Jones Industrial, o principal índice de Wall Street, subia 34,36 pontos (0,28%) para 12.263,65, o seletivo S&P 500 ganhava 4,47 pontos (0,34%) para 1.326,34, e o índice composto do mercado Nasdaq 6,47 pontos (0,23%), cotado a 2.796,92.
Após ter permanecido em números vermelhos desde o início da sessão, a notícia de que o líder egípcio decidiu renunciar a seu posto e entregar o poder às Forças Armadas de seu país mudava radicalmente a tendência de Wall Street.
A maior praça financeira do mundo estava pendente desse país durante as várias semanas de protestos populares contra o presidente egípcio, que após mais de 30 anos no poder cedeu aos protestos populares contra seu regime.
Wall Street já reagiu com nervosismo quando a crise egípcia explodiu, especialmente por causa da instabilidade que isso poderia gerar no Oriente Médio e pelo temor de que pudesse causar problemas na provisão de petróleo frente a um hipotético fechamento do Canal de Suez, uma infraestrutura essencial para o transporte de petróleo.
Por isso, a cotação do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve), que começou a sessão em alta, também mudou de tendência e minutos depois de divulgada a notícia da renúncia de Mubarak registrava queda de US$ 0,80 centavos por barril (159 litros) nos contratos com vencimento em março, para negociar-se a US$ 85,93, o que representa uma queda de 0,92%.
Esta baixa, que coincidia também com a alta do dólar frente a outras moedas, aconteceu depois que na quinta-feira os contratos de futuros desta matéria-prima fecharam subindo 0,02% na Bolsa Mercantil de Nova York pela primeira vez em seis dias.
Qualquer crise na região do Oriente Médio costuma ser acompanhada com nervosismo o mercado do petróleo devido ao possível impacto que possa ter na distribuição de petróleo, por isso que investidores e operadores estão há dias prestando grande atenção ao processo que o Egito atravessa.
Após cinco sessões nas quais essa tensão pareceu se suavizar - o que contribuiu para a queda na cotação do petróleo -, os rumores sobre a saída de Mubarak reativaram na quinta-feira certo nervosismo entre os investidores, enquanto a confirmação desta sexta-feira se traduziu em uma repentina queda da cotação. EFE