Madri, 23 mai (EFE).- O chefe do Governo espanhol, José Luis
Rodríguez Zapatero, que viajará ao Rio de Janeiro na próxima
quinta-feira para assistir ao 3º Fórum da Aliança de Civilizações,
se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo
de buscar novos mercados às empresas de seu país.
Com 190 milhões de consumidores, o Brasil é a nona potência
mundial e espera-se que sua economia cresça 5,5% neste ano, apesar
da crise internacional.
O país é um dos mercados mais atraentes para os investidores
estrangeiros e o Governo espanhol quer mostrar seu apoio aos
empresários, interessados em setores como infraestrutura, energias
renováveis, alta cosmética e o calçado.
Lula, que participou nesta semana em Madri na 4ª Cúpula União
Europeia-América Latina e o Caribe, convidou os empreendedores
espanhóis a seguirem investindo em seu país e a estabelecerem
alianças com companhias brasileiras.
A Espanha já é o segundo investidor no Brasil, atrás apenas dos
Estados Unidos.
O aporte espanhol gira em torno de 35 bilhões de euros,
principalmente nos setores bancários, de telecomunicações e energia,
com a participação de empresas como Telefónica, Santander, Endesa e
Iberdrola.
Entre as novas oportunidades de negócio destaque para as grandes
infraestruturas ligadas aos eventos esportivos previstos para o
país, o Mundial de futebol 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.
Zapatero estará no Brasil na próxima semana para participar do 3º
Fórum da Aliança de Civilizações, iniciativa lançada em setembro de
2004 diante da Assembleia Geral da ONU e que depois este organismo
transformou em projeto próprio para reforçar a tolerância e a
compreensão entre as culturas e religiões.
O presidente do Governo espanhol chegará ao Rio de Janeiro após a
notícia da adesão dos Estados Unidos ao grupo de amigos da Aliança,
que já soma 120 membros.
A Casa Branca anunciou em 13 de maio que participaria do encontro
no Brasil, mas não é esperada a presença do presidente americano.
Zapatero deve apresentar diante das demais delegações o 2º plano
para a Aliança de Civilizações.
É uma estratégia para quatro anos que buscará fomentar o
conhecimento da diversidade cultural e garantir o exercício da
liberdade religiosa. EFE