Madri, 14 jul (EFE).- O presidente do Governo espanhol, José Luis
Rodríguez Zapatero, disse hoje que a economia da Espanha poderia
voltar a crescer no segundo trimestre, mas que este crescimento
ainda seria fraco e estaria submetido a diversos riscos.
Em um discurso no Congresso dos Deputados, Zapatero baseou sua
previsão nos indicadores de atividade dos últimos meses, na produção
industrial e nos números de alfândega e despesas turísticas.
Zapatero reconheceu em seu quinto discurso deste tipo como chefe
do Executivo espanhol que o último ano tinha sido "duro" e "difícil"
para muitos cidadãos espanhóis, mas defendeu as iniciativas adotadas
por seu Governo diante da crise.
O líder socialista ratificou as previsões do Governo que indicam
que a economia espanhola se contrairá 0,3% este ano, mas com
crescimentos entre os trimestres "neutros ou positivos" e com uma
tendência apreciável de melhora a partir dos últimos três meses do
ano, "também no emprego".
Zapatero admitiu que se trata de um crescimento ainda fraco e
sujeito ao risco dos efeitos dos ajustes fiscais adicionais.
O presidente do Governo espanhol disse que o mercado imobiliário
começou a se normalizar e destacou que a compra de imóveis já
acumula dois trimestres seguidos de crescimentos anualizados, os
vistos de reabilitação registraram crescimentos nos últimos cinco
meses e o aluguel alcança níveis máximos.
Também ressaltou que a "enorme" contenção orçamentária preservará
ao máximo as verbas relacionadas com educação, pesquisa,
desenvolvimento e inovação.
Além disso, afirmou que as despesas correntes, as transferências
e as contribuições às empresas públicas serão submetidas a uma nova
redução.
Zapatero assegurou que para criar emprego e manter e aumentar o
nível de bem-estar é preciso conseguir um crescimento mais sólido,
sem aumentar os gastos públicos e aplicando reformas que aumentem a
produtividade. EFE