Bruxelas, 21 fev (EFE).- Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro concordam sobre a necessidade de reforçar os poderes dos dois mecanismos de resgate para países em crise e evitar o risco de contágio.
Em entrevista coletiva após o Conselho de Ministros de Finanças da União Europeia, o ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, afirmou nesta terça-feira que há um acordo geral sobre a ampliação dos fundos de resgate e de sua flexibilização.
A zona do euro debateu nesta segunda-feira à noite no Eurogrupo - reunião de ministros de Economia da UE - sobre a necessidade de reforçar os fundos de resgate.
O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Olli Rehn, ressaltou em entrevista coletiva a previsão de que a ampliação e flexibilização sejam aprovadas na cúpula de chefes de Estado e governo da UE dos próximos dias 1º e 2 de março.
"Espero que os líderes tomem decisões na cúpula de março para reforçar a capacidade efetiva de empréstimo", afirmou Rehn, referindo-se aos fundos europeus de resgate, o temporário FEEF e o permanente MEE.
Para ele, também vice-presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), é "muito importante mostrar que temos instrumentos críveis para assegurar a estabilidade financeira da Europa".
Na cúpula da próxima semana, está prevista uma discussão sobre o aumento da capacidade de empréstimo do FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) e do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade), que atualmente é de 500 bilhões de euros.
O aumento de teto de intervenção desse fundo já foi proposto na cúpula europeia de dezembro passado, mas então chocou com a rejeição frontal da Alemanha, que acabou cedendo um pouco em sua posição. EFE