Atualização às 17h45 para correção de informação. Na versão original deste texto, afirmamos que o BB-BI reduziu o preço-alvo da Magazine Luiza de R$ 207,50 para R$ 204,70. A informação correta é de que houve aumento no preço-alvo de R$ 194,40 para R$ 204,70. O Investing.com pede desculpas ao BB-BI e aos leitores pelo erro.
Investing.com - O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) divulgou relatório nesta terça-feira rebaixando as ações do Magazine Luiza (SA:MGLU3) para market perform. O preço-alvo foi elevado para R$ 204,70, de R$ 194,40, após a compra da Netshoes (NYSE:NETS). A nova orientação vale até que surjam informações sobre outras sinergias ainda não consideradas no valuation.
Para chegar a essa nova avaliação, o BB-BI considerou a combinação de negócios e a manutenção do crescimento da receita da Netshoes e da margem EBITDA 19E em linha com a evolução observada no 1T19. Além disso, levou em conta os R$ 63 milhões em sinergias (VPL) para 2019, devido à redução tanto das despesas G&A (em 10%) quanto das despesas com frete (de 11,0% da receita líquida para 6,6%).
As sinergias acima mencionadas, multiplicadas pelo EV/EBITDA 19E implícito do BB-BI obtido após a combinação de negócios (24,0x), levaram a um novo preço-alvo para o novo patamar.
Na última sexta-feira os acionistas da Netshoes aprovaram a aquisição da companhia pela Magazine Luiza no valor total de US$ 114,9 milhões (equivalente a aproximadamente R$ 445,9 milhões), o que corresponde a um EV/Vendas (2018) de 0,34x, na avaliação do BB-BI.
A equipe lembra que no relatório divulgado em 30 de abril, a aquisição foi considerada positiva para a Magazine Luiza, uma vez que a Netshoes é uma marca reconhecida no Brasil no segmento de artigos esportivos e vestuário, e o negócio reduz uma barreira de entrada significativa para a Magazine Luiza nessa nova categoria; o segmento de artigos e roupas esportivas conta com margens maiores (margem bruta de 40-50%) em comparação às mercadorias tradicionais/produtos eletrônicos vendidos pela Magazine Luiza (10-20%); e as operações da Netshoes no México e na Argentina, bem como a divisão B2B, já foram vendidas ou fechadas, depois de terem sido responsáveis por dragar a rentabilidade da Netshoes ao longo dos últimos anos.