Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin negou nesta quarta-feira que tenha recebido doações irregulares após ter sido supostamente citado em delação de um ex-diretor de uma concessionária, e afirmou que as acusações são injustas.
Comunicado publicado no perfil do ex-governador no Twitter diz que Alckmin "lamenta que, depois de tantos anos, mas em novo ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas".
Alckmin está praticamente certo como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a eleição presidencial deste ano.
Reportagens publicadas nesta quarta-feira afirmam que delação de ex-diretor-presidente do Grupo Ecovias aponta que Alckmin teria recebido 3 milhões de reais nos anos de 2010 e 2014, na forma de caixa dois.
"As suas campanhas eleitorais jamais receberam doações ilegais ou não declaradas", acrescentou o comunicado do ex-governador. "Todas as contas foram efetuadas sob fiscalização da Justiça Eleitoral e do próprio MP", disse ainda, lembrando que tais contas foram fiscalizadas pela Justiça Eleitoral e pelo Ministério Público.
O comunicado afirma que Alckmin desconhece os termos da colaboração, "mas sabe que a versão divulgada não é verdadeira".
"No seu governo, inclusive, ordenou diversas ações contra os interesses de concessionárias, inclusive contra a suposta doadora", acrescentou.