LOS ANGELES (Reuters) - A atriz de "Aquaman" Amber Heard vai recorrer de uma decisão do júri, que afirmou que ela difamou o ex-marido Johnny Depp quando afirmou que ela seria uma sobrevivente da violência sexual, afirmou seu advogado nesta quinta-feira.
Um júri de sete pessoas no Estado norte-americano da Virgínia decidiu na quarta-feira que Heard difamou o astro de "Piratas do Caribe", garantindo a ele 10,35 milhões de dólares em indenizações. O júri também determinou que Heard foi difamada, concedendo a ela o pagamento de 2 milhões de dólares em indenizações.
Elaine Charlson Bredehoft, uma das advogadas de Heard, disse no programa Today, da rede NBC, que a equipe de Depp conseguiu "suprimir uma quantidade gigantesca de evidências" que haviam sido permitidas em outro processo de difamação no Reino Unido, no qual Depp perdeu.
Depp processou o tablóide britânico The Sun, que o chamou de "agressor de esposa". Um Alto Tribunal de Londres concluiu que Depp abusou de Heard pelo menos uma dúzia de vezes, mas os advogados de Heard não tiveram permissão de informar o júri sobre isso no processo na Virgínia, disse Bredehoft.
"O que a equipe de Depp aprendeu com isso? Demonizar Amber, e suprimir as evidências", disse Bredehoft.
"Ela foi demonizada aqui", acrescentou Bredehoft. "Uma série de coisas foi permitida neste tribunal que não deveria ter sido, e isso causou a confusão do júri."
Durante o julgamento, Depp disse que nunca agrediu ou abusou sexualmente de Heard, e argumentou que ela se tornou violenta durante o relacionamento. Heard disse que deu um tapa em Depp, mas apenas para se defender ou defender sua irmã.
(Reportagem de Lisa Richwine)