Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O Itaú BBA espera uma aceleração no ímpeto da Ambev (BVMF:ABEV3) à medida que nos aproximamos de uma esperada expansão de margem para seu negócio de Cerveja Brasil em 2023. Porém, o banco avisa que a empresa não é uma “pechincha”.
Às 14h34, as ações da Ambev caíam 1,48%, a R$ 16. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,69%, a 117.033 pontos.
A Ambev está sendo negociada a 19x P/ E 2023, segundo os cálculos do Itaú BBA, com uma taxa interna de retorno de dois anos em 15,6%.
A expectativa é que as margens da empresa cresçam em 2023, impulsionadas pelo aumento dos preços da cerveja no segundo semestre de 2022 e pela inflação menor do que a esperada sobre o custo unitário e do SG&A.
O banco de investimentos projeta um Ebitda de 2023 e 2024 para a Cerveja Brasil em 15% e 10%, respectivamente. A expectativa de lucro para 2023 está em R$ 13,7 bilhões.
Mas o Itaú BBA destaca que a perspectiva para os preços do alumínio ainda é incerta neste momento, dado o cenário volátil de oferta e demanda para a commodity, o que torna as previsões um pouco mais complicadas.
Outro aspecto que pode trazer dificuldades para as estimativas sobre a Ambev está relacionado à falta de previsibilidade dos números na América Latina, especialmente em relação à taxa de câmbio da Argentina. Para o Itaú BBA, isso é o suficiente para manter uma visão conservadora sobre as ações da companhia.
O Itaú BBA mantém uma indicação de market perform sobre as ações da Ambev, com um preço-alvo em R$ 18.