Por Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - Um dos haitiano-americanos que foram presos sob suspeita de participarem do assassinato do presidente do Haiti na semana passada teve uma relação no passado com um agência de segurança dos Estados Unidos, afirmou uma fonte do governo norte-americano nesta segunda-feira.
Autoridades haitianas prenderam na semana passada dois haitiano-americanos, Joseph Vincent, de 55 anos, e James Solages, de 35, e os acusaram de participarem ao lado de 26 colombianos do ataque fatal ao presidente Jovenel Moise.
A fonte não especificou qual dos dois homens tinha uma relação com uma agência de segurança norte-americana ou a natureza da relação.
Um terceiro haitiano-americano, Christian Emmanuel Sanon, foi preso no domingo por autoridades do Haiti, que o acusaram de ser um dos mentores do ataque.
Agências de segurança e inteligência dos EUA investigam o envolvimento dos haitianos-americanos no assassinato do mandatário.
Uma fonte próxima à investigação disse que Solages e Vincent disseram a investigadores que eles eram tradutores da unidade de elite que tinha um mandado de prisão contra Moise, mas que quando eles chegaram, encontraram o presidente morto.
Solages se autodescreveu como um "agente diplomático certificado" e como "comandante chefe de guarda-costas" para a embaixada canadense no Haiti. As declarações estavam disponíveis no site de uma organização filantrópica dirigida por ele e que foi removida na quinta-feira para removê-lo. A Reuters revisou uma versão arquivada que continua acessível.
O jornal Miami Herald citou uma autoridade governamental que pediu condição de anonimato, mas disse que, há uma década atrás, Solages trabalhou brevemente para uma empresa que fazia segurança para a embaixada canadense no Haiti.
Registros da Flórida mostram que Solages já teve licenças de oficial de segurança e para o porte de armas de fogo.
Poucos detalhes foram encontrados sobre Vincent.
(Reportagem de Mark Hosenball)