TÓQUIO (Reuters) - A audiência global que acompanhou a cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio nesta sexta-feira pode ter ficado confusa com a ordem de entrada dos países no desfile das delegações, quando a equipe de Andorra foi seguida pela do Iêmen devido ao alfabeto japonês.
Ao contrário de outros Jogos realizados no Japão, quando as delegações entraram no estádio seguindo a ordem alfabética dos nomes dos seus países em inglês, a Tóquio 2020 usou o sistema de escrita do Japão.
"Depois de Itália, Israel, Iraque, Índia, Indonésia, eu achei que tinha um sistema, mas aí veio Uruguai, Ucrânia, Uzbequistão e me pareceu aleatório" escreveu um espectador no Twitter.
"Alguém pode explicar por que a Irlanda veio em quarto no desfile das delegações? Muito intrigada com a ordem de entrada das equipes no estádio", escreveu um outro.
Culpem o sistema de escrita do Japão, que é difícil tanto para os estudantes nativos quanto para os estrangeiros.
Além de dois alfabetos compostos por 46 caracteres cada para escrever os sons do idioma moderno foneticamente, o japonês escrito também usa caracteres importados da China, cerca de 2 mil dos quais são ensinados nas escolas dos ensinos fundamental ao médio e são necessários para a leitura básica de jornais a documentos oficiais.
A ordem segue a pronúncia em japonês sílaba a sílaba: a, i, u, e, o, ka, ki, ku, ke, ko e daí em diante através da lista de consoantes emparelhadas com as cinco vogais.
Além disso, os países foram listados de acordo com sua pronúncia em japonês.
Portanto, relaxe e desfrute do fato de que Seychelles vem logo antes de Guiné Equatorial e Bênin imediatamente antes de Venezuela.
(Reportagem de William Mallard)