BUENOS AIRES (Reuters) - O astro do futebol Diego Maradona não poderia imaginar que uma de suas casas em Buenos Aires abriria as portas para os argentinos e permitiria que comemorassem ali as vitórias do time na primeira Copa do Mundo após sua morte.
Centenas de quilos de carne argentina, drinks e um DJ que seleciona músicas inspiradas em Maradona acompanharam as duas primeiras edições das "fan fests" organizadas durante as vitórias contra Polônia e Austrália na Copa do Mundo, e que prometem continuar na sexta-feira contra a Holanda pelas quartas de final.
Os encontros, que não são anunciados para evitar aglomerações, acontecem na casa do tranquilo bairro de Villa Devoto, na cidade de Buenos Aires, local onde Maradona deu de presente aos pais e morou nos anos 1980.
Após a morte do ex-jogador em 2020, os herdeiros venderam a casa em leilão e os novos proprietários decidiram transformá-la em um museu para o ícone do futebol, apesar dos rumores de demolição para construir um prédio que preocupavam os argentinos.
"É um privilégio estar neste lugar emblemático, me sinto honrado", disse um dos proprietários à Reuters, pedindo para não ser identificado. "Queremos que todos possam ver este templo."
Nos encontros para ver os jogos do Mundial é possível percorrer as diferentes salas, subir a escadaria de mármore e sentar-se nas varandas que dão para o jardim.
"Espero que continuemos vencendo e fazendo essas festas que Diego gostaria. Não vamos parar até a final da Copa do Mundo", afirmou um dos organizadores do evento.
(Reportagem de Ramiro Scandolo)