ADIS ABEBA (Reuters) - Após um século e meio escondidos em coleções particulares, 13 artefatos roubados da Etiópia finalmente voltaram para casa na esteira de meses de negociações.
"A história, os artefatos, indícios de conhecimento indígena, a cultura da antiga civilização de nosso país... foram pilhados na guerra e contrabandeados ilegalmente", disse Nasise Challa, ministro do Turismo da Etiópia.
Os itens, que incluem um cruz de procissão intrincada de treliça, um tríptico ricamente colorido que retrata a crucificação de Jesus e um escudo imperial vermelho de latão enfeitado, são parte do maior ato de restituição da história etíope, disseram autoridades.
Os artefatos foram levados em 1868, após a batalha de Magdala entre os impérios britânico e etíope. Em junho, alguns dos objetos haviam sido oferecidos por um vendedor particular descendente de um soldado britânico que lutou em Magdala em um leilão no Reino Unido.
"Há muitos artefatos que foram saqueados de Magdala", disse Teferi Meles, embaixador da Etiópia no Reino Unido, onde estão muitos desses tesouros. "Não conseguimos trazer todos eles de volta, mas esta é a primeira vez na história do país em que artefatos saqueados são trazidos de volta nesta quantidade."
Vários dos objetos foram adquiridos pela Fundação Scheherazade, uma entidade cultural sem fins lucrativos, e entregues à embaixada etíope em setembro. Eles foram devolvidos a Adis Abeba no final de semana e serão exibidos em museus etíopes.
(Da redação de Adis Abeba)