ADELAIDE (Reuters) - O Brasil não deve dar nada como garantido na Copa do Mundo Feminina e deve curtir jogar no maior palco se tiver alguma esperança de chegar à final, disse a técnica Pia Sundhage neste domingo.
O Brasil é um peso pesado sul-americano com oito títulos da Copa América Feminina, mas isso ainda não se traduziu em sucesso na Copa do Mundo, onde seu melhor resultado foi o vice-campeonato em 2007.
Começou o ano com derrotas para Japão, Canadá e Estados Unidos, mas chega à Austrália com vitórias sobre Alemanha e Chile.
"Estamos muito felizes com os dois últimos resultados porque ganhamos muita confiança. Podemos apenas olhar um para o outro e sabemos que é um pouco diferente de um ano atrás", disse Sundhage aos repórteres.
"O mais importante é não tomarmos nada como garantido e, por favor, aproveitem o jogo... Se montarmos um belo ataque e uma defesa muito sólida, então temos a chance de jogar muitos jogos, (ir) até a final, na verdade."
"Estamos numa equipe especial e penso que a palavra-chave é 'juntas'. Há muita energia na sala e é contagiante. Temos jogadoras jovens e antigas, como a Marta - essa mistura vai ajudar-nos a vencer o próximo jogo."
Marta pode se tornar a primeira jogadora - homem ou mulher - a marcar em seis Copas do Mundo depois que a canadense Christine Sinclair perdeu a honra quando seu pênalti contra a Nigéria foi defendido.
Sundhage disse que Marta está '100%' depois de trabalhar com o técnico de alto desempenho, mas não confirmou se a veterana de 37 anos, que está jogando em sua última Copa do Mundo, será titular.
"Não estamos escolhendo os dois melhores atacantes. Vamos escolher atacantes que se conectam", acrescentou.
“Ainda não decidimos (quem vai começar). Temos mais um treino."
(Reportagem de Rohith Nair em Bengaluru)