🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

CORREÇÃO-No dia mais mortal em Gaza, ataque a hospital mata cerca de 500 pessoas

Publicado 17.10.2023, 15:35
© Shutterstock

(Corrige 3º parágrafo para mostrar que Mai Alkaila é a ministra da Saúde da Autoridade Palestina, e não a ministra da Saúde do governo de Gaza, comandado pelo Hamas)

Por Nidal al-Mughrabi

GAZA (Reuters) - Autoridades de Gaza disseram que um ataque aéreo israelense nesta terça-feira matou cerca de 500 pessoas em um hospital no enclave palestino, mas Israel disse que um foguete palestino causou a explosão.

O número de mortos foi, de longe, o maior de todos os incidentes em Gaza durante a violência atual, provocando protestos na Cisjordânia ocupada, em Istambul e em Amã.

A ministra da Saúde da Autoridade Palestina, Mai Alkaila, acusou Israel de "um massacre" no hospital Al-Ahli al-Arabi. O ataque matou centenas de pessoas e ocorreu durante a intensa campanha de bombardeio de 11 dias de Israel em Gaza.

Mais cedo, um chefe da defesa civil de Gaza disse que 300 pessoas haviam sido mortas e uma autoridade do Ministério da Saúde disse que 500 pessoas foram mortas. O Hamas disse que a explosão matou principalmente pessoas desabrigadas.

Um porta-voz das Forças Armadas israelenses disse que a análise de seu sistema operacional mostrou que "uma barragem de foguetes inimigos" direcionada a Israel estava passando pelo hospital no momento do ataque e culpou o grupo militante palestino Jihad Islâmica.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que "terroristas bárbaros" em Gaza tinham atacado o hospital de Gaza, e não os militares de Israel.

A Jihad Islâmica negou que algum de seus foguetes estivesse envolvido na explosão do hospital, dizendo que não havia nenhuma atividade na Cidade de Gaza ou em seus arredores naquele momento. A Jihad Islâmica, apoiada pelo Irã, participou do ataque a Israel liderado pelo Hamas em 7 de outubro e, assim como o Hamas, disparou vários foguetes contra Israel.

As notícias sobre o ataque no hospital e o alto número de mortos provocaram a condenação de muitos países na véspera da visita do presidente dos EUA, Joe Biden, a Israel. A Rússia e os Emirados Árabes Unidos exigiram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU e houve confrontos na Cisjordânia.

Mais cedo nesta terça-feira, a ONU disse que um ataque israelense havia atingido uma de suas escolas, onde pelo menos 4.000 pessoas estavam abrigadas. A agência disse que seis pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas pelo ataque. Os militares de Israel disseram que estavam analisando esse relato.

As autoridades de saúde de Gaza disseram que, antes do incidente de terça-feira, pelo menos 3.000 pessoas haviam sido mortas nos 11 dias de bombardeios de Israel desde que os militantes do Hamas invadiram cidades israelenses em 7 de outubro, matando mais de 1.300 militares e civis.

As pessoas desabrigadas que fogem do bombardeio israelense se aglomeram nos hospitais, buscando refúgio ao redor deles na esperança de ficarem mais seguras.

Na semana passada, Israel ordenou que todos os habitantes da metade norte da Faixa de Gaza, que tem apenas 45 km (25 milhas) de comprimento e abriga 2,3 milhões de pessoas, deixassem suas casas e fossem para o sul.

No entanto, os ataques aéreos têm atingido alvos em todo o enclave e, apesar das expectativas de uma ofensiva terrestre israelense, algumas pessoas deslocadas começaram a retornar para o norte.

A Organização Mundial da Saúde disse que o ataque ao hospital foi "sem precedentes em sua escala". Nesta terça-feira, a organização disse que houve 115 ataques a instalações de saúde em Gaza e que a maioria dos hospitais não estava funcionando.

© Reuters. Pessoas são transferidas após hospital na Faixa de Gaza ser atingido por ataque aéreo
17/10/2023
REUTERS/Mohammed Al-Masri

Países como Canadá, Egito, Turquia, Jordânia e Catar condenaram o ataque ao hospital.

Na Cisjordânia, onde opera a Autoridade Palestina, reconhecida internacionalmente, manifestantes palestinos entraram em confronto com as forças de segurança palestinas, que dispararam gás lacrimogêneo para dispersá-los. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou uma reunião com Biden.

(Reportagem de Moaz Abd-Alaziz, Nidal al Maghrabi e Ali Sawafta

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.