Por Gabriella Borter
WASHINGTON (Reuters) - Defensores do direito ao aborto começaram a se reunir para protestos ao redor dos Estados Unidos neste sábado, dando início ao que os organizadores disseram que será um “verão de fúria” se a Suprema Corte dos Estados Unidos reverter o caso Roe v. Wade que legalizou o aborto nacionalmente.
Planned Parenthood, a Marcha das Mulheres e outros grupos ativistas do aborto organizaram mais de 400 marchas neste sábado, com as maiores multidões esperadas em Nova York, Washington, Los Angeles e Chicago.
As manifestações são em resposta a um vazamento em 2 de maio de um rascunho de decisão mostrando que uma maioria conservadora da corte está pronta para reverter a decisão histórica de 1973 que estabeleceu o direito constitucional federal ao aborto.
A decisão final do tribunal, que pode dar aos Estados o poder de proibir o aborto, é esperada para junho. Cerca de metade dos Estados norte-americanos podem banir ou restringir severamente o aborto pouco depois de a decisão anular Roe.
Organizadores disseram prever centenas de milhares de pessoas participando dos eventos deste sábado, que, segundo eles, serão os primeiros de muitos protestos coordenados em torno da decisão da Suprema Corte.