Por Marie-Louise Gumuchian
LONDRES (Reuters) - O escritor do Sri Lanka Shehan Karunatilaka ganhou o Booker Prize nesta segunda-feira por seu segundo romance "The Seven Moons of Maali Almeida", sobre um fotógrafo de guerra morto em uma missão de vida após a morte.
Karunatilaka recebeu um troféu da rainha consorte Camilla na primeira cerimônia presencial do prêmio literário em língua inglesa desde 2019. Ele também recebe um prêmio de 50.000 libras (56.810 dólares).
Situada em 1990 no Sri Lanka durante a guerra civil do país, a história de Karunatilaka segue o fotógrafo de guerra gay Maali Almeida, que acorda morto.
O tempo é essencial para Maali, que tem "sete luas" para alcançar seus entes queridos e guiá-los para fotos escondidas que ele tirou retratando a brutalidade do conflito em seu país.
"Minha esperança para 'Seven Moons' é que em um futuro não muito distante... seja lido em um Sri Lanka que entendeu que essas ideias de corrupção, racismo e nepotismo não funcionaram e nunca funcionarão", disse Karunatilaka em discurso.
"Espero que seja lido em um Sri Lanka que aprenda com suas histórias e que 'Seven Moons' esteja na seção de fantasia da livraria e... não seja confundido com realismo ou sátira política."
A lista de finalistas deste ano dos candidatos ao Booker Prize incluiu "Treacle Walker" do autor britânico Alan Garner, "Glory" da autora zimbabuana NoViolet Bulawayo, "Small Things Like These" da escritora irlandesa Claire Keegan, "The Trees" do autor norte-americano Percival Everett e "Oh William!" da autora norte-americana Elizabeth Strout.