MADRI (Reuters) - A tenista bielorussa ex-número um do mundo Victoria Azarenka disse que o veto de Wimbledon a jogadores da Rússia e de seu país não faz sentido, e pediu aos órgãos que governam o tênis que tomem medidas contra a decisão.
O All England Lawn Tennis Club (AELTC), que sedia o Grand Slam de grama, tomou a decisão após a invasão da Ucrânia pela Rússia e foi rapidamente criticado pelos circuitos masculino e feminino.
A ATP e a WTA classificaram a decisão do AELTC como "discriminatória", com Steve Simon, chefe do circuito feminino, alertando na semana passada para "fortes reações".
"Se você está me perguntando se eu concordo com Wimbledon ou vejo fundamento depois de uma ligação pessoal com eles, não vejo fundamento na decisão deles", disse Azarenka, que faz parte do conselho de atletas da WTA, a repórteres em Madri na quinta-feira.
"Não faz sentido e não se conecta ao que eles estão dizendo."
Azarenka, de 32 anos, atualmente em 17º lugar no ranking, venceu em sua estreia no WTA 1000 em Madri, na quinta-feira, mas a defesa do título da compatriota bielorrussa Aryna Sabalenka terminou com uma derrota por 6-2, 3-6 e 6-4 para a norte-americana Amanda Anisimova, que não é cabeça de chave.
Os órgãos dirigentes do tênis baniram Rússia e Belarus das competições internacionais por equipes após a invasão, mas jogadores dos dois países podem continuar competindo individualmente como neutros.
O campeonato de Wimbledon em 2022 será a primeira vez que atletas serão banidos com base na nacionalidade desde o pós-Segunda Guerra Mundial, quando jogadores alemães e japoneses foram excluídos.
"Acho que deve haver uma reação a isso, é tudo o que quero dizer", afirmou Azarenka, que venceu o Aberto da Austrália em 2012 e 2013.
(Reportagem de Sudipto Ganguly, em Mumbai)