BUENOS AIRES (Reuters) - O atacante uruguaio Edinson Cavani já preparava há anos seu retorno para o futebol sul-americano, mas não esperava que seria com a camiseta do Boca Juniors, em um estádio La Bombonera com milhares de torcedores.
Nesta segunda-feira, cerca de 30 mil torcedores do Boca prestigiaram a apresentação do centroavante de 36 anos, horas depois de o jogador deixar o Valencia e chegar à Argentina para assinar com o clube de Buenos Aires por 18 meses.
“O processo de voltar já está em marcha há algum tempo, não por questões físicas ou esportivas, mas sim sentimentais, como o interesse do Boca, e ficar próximo de casa”, afirmou Cavani à imprensa do Uruguai, antes de viajar à Argentina.
“O Boca é o maior clube da América do Sul e do mundo, então chegar a um time como esse sempre te motiva. As circunstâncias da vida e do futebol me levaram a outro caminho, mas sempre havia um contato e a possibilidade de voltar”, acrescentou.
O jogador fez exames médicos e participou de uma conversa com jornalistas antes de entrar na Bombonera lotada, onde recebeu uma ovação da torcida e vestiu a camisa 10, que já foi de Maradona, Riquelme e Tévez.
“É um número lindo, que as pessoas adoram por causa das pessoas que usaram essa camisa, e isso me traz uma grande responsabilidade de cuidá-la, defendê-la e levá-la sempre, como estes outros fizeram, ao ponto mais alto”, afirmou.
Na Europa, Cavani passou por Palermo, Napoli, Paris Saint Germain, Manchester United e Valencia, clube com o qual rescindiu seu contrato um ano antes do fim. Na seleção, participou das Copas de 2010, 2014, 2018 e 2022, além de cinco edições da Copa América.
A estreia do atacante pode ocorrer nas partidas contra o Nacional, do Uruguai, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, no início de agosto.
(Reportagem de Ramiro Scandolo)