BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta sexta-feira a adoção do chamado passaporte da Covid por gestores regionais, destacando que a medida jamais será utilizada pelo governo federal, e afirmou que não pode admitir que "alguns protótipos de ditadores" queiram tirar a liberdade das pessoas.
"Algumas medidas restritivas que estão aparecendo agora pelo Brasil nós não podemos admitir. A liberdade acima de tudo", disse o presidente em discurso durante visita a Maringá (PR).
"Não podemos admitir que alguns protótipos de ditadores, em nome da saúde, queiram tirar a liberdade de vocês. Quem abre mão de parte da sua liberdade por segurança acaba ficando sem segurança e sem liberdade", acrescentou, em evento de inauguração das obras de modernização e ampliação do aeroporto de Maringá.
O passaporte da Covid é um documento que tem sido adotado por mais de 200 cidades brasileiras por meio do qual só se pode ter acesso a um estabelecimento comercial se a pessoa estiver vacinada contra a Covid.
A iniciativa, alvo de críticas de Bolsonaro, tem sido largamente adotada em países europeus.
Em um evento sem máscara ao lado de várias pessoas em um carro de som, Bolsonaro ressaltou que da parte do governo federal nunca vai haver o passaporte da Covid.
(Reportagem de Ricardo Brito)