Por Ricardo Brito
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro condenou nesta sexta-feira o que chamou de tentativa de "ato terrorista" em Brasília depois que a polícia frustrou o plano de um homem de detonar um dispositivo explosivo na capital na semana passada em protesto contra sua derrota eleitoral.
"Nada justifica essa tentativa de ato terrorista aqui em Brasília", disse Bolsonaro em uma transmissão ao vivo, um raro pronunciamento desde que perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente, cujo mandato de quatro anos termina neste sábado, tentou se distanciar de George Washington de Oliveira Sousa, que foi preso pela tentativa de atentado e disse à polícia que o chamado às armas de Bolsonaro o inspirou a obter um arsenal de armas e explosivos.
Segundo Sousa, seu objetivo era provocar o caos que obrigaria a decretação de um estado de sítio, abrindo caminho para uma ilegal intervenção das Forças Armadas.
"Hoje em dia se alguém faz algo de errado é bolsonarista", queixou-se Bolsonaro, que defendeu como legítimos os grupos que pedem que os militares impeçam a posse de Lula no domingo.