Por Philip Pullella
ROMA (Reuters) - Eles não cantaram juntos, mas o vocalista do U2, Bono, e o papa Francisco estavam bem ensaiados em suas preocupações pelo planeta e sobre o poder da mulher para mudar o mundo quando se encontraram em Roma, nesta quinta-feira.
Bono, de 62 anos, e o papa de 85, foram as estrelas do evento organizado pelo Scholas Occurentes, uma rede mundial de escolas que promove encontros virtuais e presenciais, e que busca reforçar oportunidades educacionais.
O movimento foi fundado na Argentina, país do papa, quando ele ainda era arcebispo de Buenos Aires e desde então se espalhou para mais de 70 países, muitos em desenvolvimento.
Em uma sessão de perguntas e respostas na universidade de Roma, o irlandês Bono perguntou ao papa: “A educação das meninas é um super-poder na luta contra a pobreza extrema e gostaria de perguntar se Sua Santidade acredita que mulheres e meninas podem ter um papel poderoso na luta contra a crise climática”.
O papa, que muitas vezes pediu mais respeito ao meio ambiente e alertou contra os perigos doa aquecimento global, respondeu: “Sempre falamos Mãe Terra e não Pai Terra”, arrancando risadas de Bono e do público.
“As mulheres sabem mais sobre harmonia do que os homens”, disse o papa, que permaneceu em uma cadeira de rodas durante o evento porque sofre com dores no joelho e na perna.
Em certo momento, um organizador disse que havia uma surpresa.
O ex-jogador brasileiro Ronaldinho Gaúcho apareceu e entregou uma camisa com seu nome e o número 10 ao papa, que é fã de futebol.