SÃO PAULO (Reuters) - Cerca de 43% dos brasileiros avaliam como negativa a decisão do governo federal de acabar com o Bolsa Família, e substituí-lo pelo Auxílio Brasil, enquanto 41% veem a mudança como positiva, mostrou pesquisa Datafolha divulgada neste sábado.
O levantamento foi realizado entre os dias 13 a 16 de dezembro, com 3.666 pessoas em 191 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima, o que indica um empate técnico para o resultado.
Os demais entrevistados não sabem (9%) ou avaliam que o governo não agiu nem bem nem mal em relação à substituição do programa (7%).
De acordo com a pesquisa, a rejeição ao Auxílio Brasil é maior entre simpatizantes do PT --partido criador do Bolsa Família-- e críticos do governo Jair Bolsonaro (62% nos dois casos), eleitores do ex-presidente Lula (59%) e pessoas que declaram que a comida em casa tem sido insuficiente para alimentar a família (51%).
Já a taxa de aprovação ao novo programa, por outro lado, é maior entre eleitores de Bolsonaro e apoiadores do atual governo (ambos 76%), empresários (58%), evangélicos (51%) e pessoas que têm conseguido alimentar a família (51%).
Ainda de acordo com a pesquisa, 25% dos brasileiros eram beneficiários ou moravam com alguém que recebia o Bolsa Família até outubro deste ano. Após a mudança de programa, 22% estão em famílias que receberam o novo Auxílio Brasil no mês passado ou receberiam em dezembro. A diferença entre os dois números também está dentro da margem de erro.
(Por Nayara Figueiredo)