Investing.com – Analistas do banco Goldman Sachs (NYSE:GS) ajustaram suas projeções para as ações da BRF (BVMF:BRFS3), com preço-alvo revisado para cima, passando de R$19,5 para R$22,1, conforme relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta sexta-feira, 23. Para as American Depositary Receipts (ADRs), o preço-alvo passou de US$3,60 para US$4,05. Apesar do ajuste para cima, a recomendação segue neutra, e o banco enxerga queda nas ações frente à cotação atual, tendo em vista que, às 10h46 (de Brasília), as ações estavam em desvalorização de 1,05%, a R$25,45.
O banco alterou o modelo para incorporar os dados do segundo trimestre, além de anúncios da gestão a respeito de tendências de curto prazo, entre outros fatores. Assim, as estimativas do Goldman para o Ebitda neste e no próximo ano foram elevadas em média em 10%, diante da expectativa de maior rentabilidade no mercado externo.
No entanto, a projeção operacional para o ano de 2026 foi cortada em 5%, pois o banco enxerga uma normalização da relação global de oferta e demanda das commodities vendidas pela produtora de alimentos.
De acordo com os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann, entre os principais riscos de alta, estão: “ganhos operacionais contínuos, preços dos cereais significativamente mais baixos, potencial interrupção no fornecimento de concorrentes globais exportadores, abertura de novos mercados e possível atividade de fusões e aquisições”.
Entre os fatores que são risco para uma possível queda nas ações, estão “aumento da inflação dos grãos, possíveis embargos na exportação, proibições e/ou perturbações sanitárias, aumento da concorrência e/ou superior fornecimento de produtos, cobertura de volatilidade, elasticidade macro e global da procura”.