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Campanha de Bolsonaro dobrará aposta em "medo do PT" para aumentar rejeição de Lula, dizem fontes

Publicado 19.08.2022, 13:04
© Reuters. Presidente Jair Bolsonaro em São José dos Campos
18/08/2022 REUTERS/Carla Carniel

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) vai intensificar a exploração do medo da volta de um governo do PT nas redes sociais e com o início da propaganda no rádio e na TV com o objetivo de aumentar a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disseram três interlocutores da campanha e do governo, em uma das estratégias para garantir que a disputa vá para o segundo turno.

A avaliação de duas fontes é que a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira confirmou a tendência de crescimento de Bolsonaro --ainda que em ritmo lento-- registrado por outros levantamentos, com o presidente alcançando no primeiro turno 32% das intenções de voto (tinha 29% no levantamento anterior) e Lula mantendo os 47%.

Segundo as duas fontes, para avançar, a campanha vai explorar as falhas e erros das gestões petistas, envolvendo assuntos como escândalos de corrupção, administração de governo e pauta de costumes, além de "desenterrar" ex e atuais aliados de Lula em publicações nas redes sociais e na propaganda gratuita que começará a ser veiculada a partir da próxima semana.

"A estratégia de bater no PT mal começou", disse uma das fontes, ao citar que a campanha oficialmente só começou na terça-feira. "Lula é o PT, não tem como dissociar", reforçou essa fonte.

Outra frente de ataque ao adversário será continuar batendo na tecla da situação econômica e social dos países da América do Sul que elegeram governos de esquerda, simpáticos ao PT e a Lula. Em suas falas nesta semana, Bolsonaro insistiu neste tipo de expediente.

A campanha de Lula tem se mostrado preocupada com o impacto do discurso anti-PT e trabalha formas de se contrapor a essa ação do quartel-general de Bolsonaro.

Segundo o Datafolha, a rejeição ao ex-presidente chegou a 37% em agosto --era 33% em maio. No mesmo período, aqueles que disseram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum caíram de 54% para 51%. O levantamento não aferiu rejeição a partidos políticos.

A rejeição ao atual presidente ainda é alta, reconhecem duas fontes da campanha, apesar da leve melhora recente.

CRESCIMENTO E BENEFÍCIOS

A campanha de Bolsonaro, segundo uma das fontes, destacou o crescimento das intenções de voto entre as pessoas entre 2 a 5 salários mínimos --reflexo da redução do desemprego e do aumento do emprego com carteira assinada, avaliou essa fonte--, os evangélicos e as mulheres --em especial as evangélicas, resultado da atuação da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Entretanto, o impacto do pacote de bondades do governo na camada do eleitorado mais vulnerável, decorrente da aprovação da PEC dos Benefícios, que aumentou o valor do Auxílio Brasil, distribuiu vale-gás, entre outras iniciativas, ainda não ocorreu na medida do que se esperava, admitiram essas duas fontes. "O Auxílio ainda não está sendo sentido", reconheceu a segunda fonte.

Esse estrato dos eleitores ainda tem forte identificação com Lula.

© Reuters. Presidente Jair Bolsonaro em São José dos Campos
18/08/2022 REUTERS/Carla Carniel

Essa última fonte disse que os aliados de Bolsonaro esperam um efeito maior nas intenções de voto do presidente nesse eleitorado com o pagamento da segunda parcela dos benefícios, prevista para setembro.

A fonte disse que a campanha pretende explorar no horário eleitoral e nas redes sociais o fato de que o Auxílio Brasil --atualmente em 600 reais, mas com garantia deste valor apenas até o fim deste ano-- tem um valor superior ao pago pelo Bolsa Família criado na gestão petista.

Uma terceira fonte disse também que os dados econômicos positivos começam a aparecer, como a deflação recente e a queda no preço dos combustíveis, e que ainda há o peso de ser candidato à reeleição e deter a máquina oficial com ascendência nos rincões do país. Esse tipo de influência as pesquisas não captam, frisou a fonte.

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