BRASÍLIA (Reuters) - A coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto ingressou com pedido de providências ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que determine ao Twitter a retirada de publicações de fake news contra a candidatura do petista.
No pedido, a coligação argumenta que o Twitter não tem atuado da forma como se comprometeu quando assinou memorando de entendimento com a Justiça Eleitoral se comprometendo com o combate à propagação de notícias falsas. Aponta ainda que a plataforma tem os meios técnicos de identificar e mapear as contas propagadoras das fake news.
A peça jurídica lista, ainda, uma série de perfis que propagam fake news, como os de dos filhos do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), Carlos e Eduardo, da deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal eleito Ricardo Salles (PL-SP), e o também deputado federal eleito Delegado Ramagem (PL-RJ), entre outros.
"Importante ressaltar que a maior parte dos perfis difusores de desinformação --como consta em diversas decisões proferidas por este colendo TSE-- são verificados, tem o 'selo azul'. Vale (BVMF:VALE3) dizer, são perfis checados pelo Twitter", aponta a federação no pedido.
"Tal situação eleva o grau de perplexidade diante da ausência de curadoria mesmo diante de diversas afirmações falsas veiculadas por tais perfis", argumenta.
"É patente que a plataforma possui uma infinidade a mais de recursos para enfrentar a propagação de desinformação, o que pode ocorrer, por exemplo, desde logo que o usuário publique algo amplamente já desmentindo por agências de checagens e/ou pelo próprio TSE. A adoção de tais medidas evitaria, sobretudo, a imensa disseminação e reduziria o alcance de fatos inverídicos que tanto atingem o pleito eleitoral e desequilibram a disputa entre os candidatos."
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito)