Investing.com – Após um começo de ano decepcionante, o Ibovespa voltou a ficar positivo na semana passada. Com o rali recente, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o banco BTG (BVMF:BPAC11) elenca algumas ações que ainda podem se beneficiar desse cenário. Com dólar abaixo de R$5 e desaceleração da inflação, o momento tende a ser favorável para nomes como B3 (BVMF:B3SA3), XP (BVMF:XPBR31), Pagseguro (BVMF:PAGS34) e Inter (BVMF:INBR32), que devem superar os bancos e seguradoras. Para bancos, o BTG reforça preferência pelo Itaú (BVMF:ITUB4) e BB em detrimento do Bradesco (BVMF:BBDC4) e Santander (BVMF:SANB11).
Às 14h05 (de Brasília), as ações da B3 caíam 0,60%, a R$13,31, Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) subia 2,37%, a R$44,48, e os papéis preferenciais do Itaú estavam em acréscimo de 1,86%, a R$26,85.
Os BDRs do Pagseguro ganhavam 1,36%, a R$12,72, enquanto os do Inter tinham valorização de 3,46%, a R$11,95 e os da XP alta de 2,35%, a R$90,60.
“Nós entendemos que Bradesco se beneficia mais com taxas mais baixas, mas há ações muito melhores para jogar no ciclo de flexibilização”, apontam os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, que enxergam maior previsibilidade com players como B3 e XP em relação a bancos e companhias de pagamentos digitais. A única compra no segmento seria Cielo (BVMF:CIEL3), devido ao valuation considerado barato. Além disso, em seguros, os analistas apontam o BB Seguridade (BVMF:BBSE3) como atrativo diante dos preços atuais.
Melhora no humor
O sentimento em relação ao mercado acionário melhorou, mesmo entre os gestores e investidores brasileiros, segundo os analistas, que passaram a ter uma visão mais construtiva para as ações brasileiras, principalmente devido ao valuation. O banco BTG destaca que, ao desconsiderar empresas de commodities como a Vale (BVMF:VALE3), o desempenho é ainda mais impressionante. Nos últimos 30 dias, empresas de alto crescimento, como Nubank (BVMF:NUBR33), Pagseguro, Stone (NASDAQ:STNE), XP e Inter subiram mais de 25%, na média.
O banco acredita que os investidores ainda devem aguardar um pouco mais, com altas entre 5% e 10%, para efetivamente realizar os lucros. “Considerando a dificuldade dos mercados para as ações brasileiras nos últimos anos, todos parecem dispostos a aproveitar o rali, mesmo que seja de curta duração”. O BTG orienta a aproveitar o ambiente atual, mas ficar atento, pois “o Brasil infelizmente se tornou mais um ambiente de trading do que um buy-and-hold”.