JACARTA (Reuters) - Seis concorrentes de um concurso de Miss Universo na Indonésia apresentaram queixas à polícia acusando os organizadores de assédio sexual, depois de alegarem que foram submetidas a "exames corporais" de topless, disse nesta terça-feira o advogado que as representa.
A polícia confirmou que as concorrentes haviam feito uma denúncia que seria investigada.
As concorrentes indonésias do concurso de beleza, realizado na capital Jacarta entre 29 de julho e 3 de agosto, disseram que os organizadores pediram a cinco delas que tirassem a roupa de baixo para exames físicos em uma sala com mais de 20 pessoas, incluindo homens.
As cinco competidoras foram então fotografadas de topless, disse a advogada, Mellisa Anggraeni, acrescentando que não havia necessidade de tais verificações. Seis concorrentes apresentaram queixas, disse ela.
A Organização do Miss Universo disse em um comunicado na terça-feira que foi informada das alegações e que estava investigando o assunto.
"O Miss Universo leva as alegações de abuso sexual e impropriedade extremamente a sério. Proporcionar um lugar seguro para as mulheres é a maior prioridade da Organização do Miss Universo", afirmou.
Uma das denunciantes disse em coletiva de imprensa, transmitida pelo canal de notícias Kompas TV, que foi solicitada a posar de forma inadequada, inclusive abrindo as pernas.
(Reportagem de Stanley Widianto e Ananda Teresia)