Por Josiane Kouagheu
LIMBE, Camarões (Reuters) - Carreatas de veículos blindados estão patrulhando as ruas de Limbe, na região sudoeste de Camarões, marcada por conflitos, antes da Copa Africana de Nações, que começa no dia 9 de janeiro e que os militantes separatistas já prometeram interromper.
Camarões está sediando o torneio em seis cidades, mas a maior ameaça potencial à segurança está em Limbe, uma cidade na costa tropical do Atlântico cuja região ao redor tem sido estremecida por ataques armados desde o início de uma guerra em 2017.
O conflito, no qual grupos armados tentam formar um país separado com o nome de Ambazonia, já deixou pelo menos 3 mil mortos e forçou o deslocamento de mais de 1 milhão de pessoas.
A violência piorou no último ano com o aumento do uso de explosivos improvisados pelos separatistas.
"Meu temor é que esse fenômeno recente de explosões de bombas que tem acontecido em outras partes possa ser um fenômeno comum durante o período da Copa Africana de Nações", disse o jornalista local Honore Kuma.
A insegurança é apenas uma das questões enfrentadas pela organização do torneio. Preocupações com a finalização das obras nos estádios e com a propagação da variante Ômicron do coronavírus também chegaram às manchetes nas últimas semanas.
O Omnisport Stadium de Limbe irá receber partidas do Grupo F da competição, que inclui Tunísia, Mali, Mauritânia e Gâmbia. O primeiro jogo do grupo é entre Tunísia e Mali, no dia 12 de janeiro.