(Reuters) - A Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) mista dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro aprovou nesta terça-feira as quebras de sigilos do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
Também foram atingidos pelas quebras determinadas pelo colegiado o coronel Jean Lawand, que apareceu em mensagens trocadas com Cid aparentemente incitando um golpe de Estado.
A aprovação dos requerimentos de quebra de sigilo acontece no dia em que Cid presta depoimento à CPI. Alvo de oito inquéritos e preso desde maio em uma investigação relacionada à suposta inserção fraudulenta de dados de vacinação nos registros do ex-presidente e de pessoas próximas, ele optou por ficar em silêncio.
A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que as quebras de sigilo serão essenciais nas investigações, pois, segundo ela, Cid, Vasques e Lawand pouco contribuíram para a CPI ao prestarem depoimento.
Eliziane disse ainda que espera que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres seja o próximo a prestar depoimento ao colegiado.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)