Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - Quatro crianças indígenas que estavam desaparecidas há mais de cinco semanas em uma selva no sul da Colômbia após um acidente de avião chegaram à capital Bogotá no início deste sábado para tratamento médico.
Os irmãos foram encontrados na sexta-feira na província de Caquetá, na Colômbia, de acordo com as forças armadas do país e foram inicialmente tratados por médicos militares que faziam parte das equipes de busca que os procuravam.
A missão para encontrar os quatro irmãos, chamada Operação Esperança, capturou a imaginação dos colombianos, pois relatos de pistas sobre o paradeiro deles alimentaram o desejo de que eles fossem encontrados com segurança, apesar de passarem mais de um mês na selva inóspita.
"Fizemos todo o necessário para tornar possível o impossível, usando satélites, usando aeronaves que lançavam mensagens, que lançavam comida, que lançavam panfletos, que lançavam esperança", disse o general Pedro Sanchez, comandante do comando militar conjunto de operações especiais base em Bogotá.
Em fotos compartilhadas pelos militares da Colômbia, as quatro crianças -- três meninas e um menino -- pareciam magras enquanto eram cuidadas pelos socorristas.
Depois que o avião que transportava as crianças pousou em Bogotá, quatro ambulâncias aguardavam para recolhê-las e levá-las a um hospital militar para atendimento médico especializado.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, deve visitar as crianças no hospital na manhã de sábado.
Não está claro se as crianças já se reuniram com o pai Manuel Ranoque, que não estava no avião e participou das buscas.
Elas estavam desaparecidas na selva desde que um Cessna 206 com sete pessoas que fazia uma rota entre o aeroporto de Araracuara, em Caquetá, e San José del Guaviare, cidade da província de Guaviare, emitiu um alerta de socorro devido a uma falha no motor na madrugada de 1º de maio.
Três adultos, incluindo o piloto e a mãe das crianças, morreram no acidente e seus corpos foram encontrados dentro do avião. Os irmãos, de 13, 9 e 4 anos, bem como um bebê de 12 meses, sobreviveram ao impacto.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta; Escrito por Oliver Griffin)